quinta-feira, 22 de outubro de 2009


"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, tudo está perdido, mas existem possibilidades. Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos. Tínhamos um plano, você mudou de idéia. Já passou, já passou - quem sabe outro dia... Não estou mais interessado no que sinto, não acredito em nada além do que duvido. Você espera respostas que eu não tenho mais... Não vou brigar por causa disso e até penso duas vezes se você quiser ficar." @ Uma noite clara. Muitas estrelas e uma linda lua a brilhar num céu azul petróleo. Uma sombra vinha de lone tomando forma. Parecia uma garota. Parecia a minha garota. - O que você está fazendo aqui, Stephany? - Me assustei com sua sombra vindo em minha direção. Era alta, atlética, um corpo surpreendentemente gostoso. Causava-me arrepios só de imagina-la ali, ao meu lado, com suas mãos levemente delicadas acariciando-me a pele. Já estava sonhando novamente com o dia que possuiria aquela garota. - Ah, olá pra você também Lív.. - Sua voz era tão doce, tão suave. Parou e sentou-se a alguns sentimetros de onde eu estava. Era estranho vê-la ali, sentada ao meu lado, com uma expressão de tristeza consumindo-lhe a face. - Está tudo bem, Ste? - Me preocupei em vê-lá assim. Onde raios estava a garota sorridente de hoje de manhã? - Está tão linda, Lív.. - Sua voz estava diferente. Estava com um timbre triste, distante. Mas nem isso evitou que minha face se corasse ao ouvir aquelas tão esperadas palavras. - Obrigada Ste.. mas.. o que você está fazendo aqui? - Não era possível. Ela não viria de tão longe apenas para me elogiar. Algo terrível podia ter acontecido. Podia até mesmo estar acontecendo. Ou, como eu não tinha pensado, estava para acontecer. - Vou embora, Lív.. para longe.. - Aquilo foi um baque. Perdi o chão, perdi o sentido. Acho que nunca havia ficado tanto tempo sem conseguir respirar como naquele momento. - O quê? Não! Porque isso? - Já me encontrava em estado de desespero. Como uma garota podia causar tudo aquilo em mim se eu só a conhecia à uma semana? - É simples, eu vou embora.. Vou pra casa do meu pai... Mas.. Lívia.. - Ela não podia ir. Não podia me deixar jogada às traças. Como eu sobreviveria? - Você não pode ir Ste! Não pode me deixar aqui, minha ruiva! - Algumas lágrimas rolaram sobre minha face caindo no chão abaixo de nós. Stephany segurou minhas mãos com as suas, erguendo-as para junto de seu peito. Levou a outra mão sobre minha face e, desenhando-a com seus dedos longos e delicados, limpou a umidade de meus olhos aproximando seu rosto do meu - Eu.. só.. queria... eu te amo.. - Seus lábios carnudos e vermelhos roçaram sobre meu rosto causando uma bateria interminável de arrepios. Eu não estava mais no chão. Não sentia mais meu corpo. Era apenas eu e ela. Juntas. A ruiva tocou meus lábios com os seus e, em questão de segundos, o tempo parecia ter parado. O mundo estava de cabeça para baixo. Foram-se todos os problemas, todas as crises. A única coisa que fazia senti-do era tê-la nos meus braços.

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